O que as buscas de 2024 e 2025 contam sobre o Brasil, e por que isso importa para quem cria conteúdo

Quando olhamos lado a lado as pesquisas de 2024 e 2025, aparece um padrão que nunca muda: o brasileiro busca aquilo que o faz sentir parte de algo.

  • Em 2024, vimos Eurocopa, Copa América, Silvio Santos, Olimpíadas.
  • Em 2025, apareceram Mundial de Clubes, PSG, Preta Gil, Chelsea e o Papa.

Ou seja: Coletividade, emoção e identidade. A busca continua sendo um reflexo de como o país cria laços em anos instáveis.

✨ Para quem cria conteúdo:

Momentos coletivos sempre ampliam conexão: não pelo hype, mas porque são códigos culturais que todo mundo entende. Quando você traduz esses momentos para dentro do seu nicho, o conteúdo parece vivo, atual, presente.

Assuntos que causam medo ou incerteza sempre explodem

Entre os termos mais buscados em 2025, temos:

  • “O que é metanol?”
  • “O que é GLO?”
  • “O que é anistia?”

Sempre que há confusão, insegurança ou sensação de ameaça, a busca acelera. Isso tem uma explicação bem simples pela neurociência: o cérebro detesta incerteza, por isso, buscar informação é o jeito mais rápido de reduzir ansiedade.

✨ Para criadores e marcas:

Sim, existe espaço para educar: mas com responsabilidade. Se o assunto envolve saúde, legislação, riscos, geopolítica… só comente se você entende. Não é porque está no topo das buscas que precisa estar no seu feed. O público identifica quem contextualiza e quem está apenas tentando entrar no assunto da semana.

IA deixa de ser futuro e vira prática

O relatório destaca buscas como:

  • Gemini
  • Deepseek
  • Veo 3
  • NotebookLM
  • Grok

E aqui a chave é simples: as pessoas não estão mais com medo da IA, elas querem saber como usar. Ou seja, aplicabilidade superou especulação.

✨ Para criadores:

Conteúdos que mostram como integrar IA na rotina, como usar de forma ética e como potencializar o trabalho vão continuar relevantes. Mas, de novo, técnica importa. IA é um tema profundo: quem domina cresce, quem repete buzzword perde confiança.

Política vira busca quando toca a vida prática

Outro padrão forte:

  • Julgamento de Jair Bolsonaro
  • Votação da anistia
  • PEC da Blindagem

O brasileiro busca política quando sente que aquilo impacta: o bolso, o cotidiano ou a estabilidade.

✨ Para criadores:

Se você for falar sobre temas complexos, foque no que você pode fazer com clareza: contextualizar, pois contexto não exige especialidade. Conclusão, sim.

Memes são o reflexo mais honesto do nosso emocional coletivo

Do “Meme Guiana Brasileira” ao “Meme Plankton” e “Morango do Amor”, o humor continua sendo a forma que o nosso país encontra para lidar com o peso. E adivinhem só? Isso também é comportamento.

Memes não são estratégia, são linguagem. E linguagem revela onde está a atenção coletiva.

✨ Criadores que entendem o sentimento por trás do meme, e não o meme em si, se destacam.

Onde o Google Trends entra nisso… E por que ele não é tudo

O Google Trends ainda é um dos instrumentos mais úteis pra quem trabalha com conteúdo, porque mostra intenção DE VERDADE, não apenas engajamento. Mas ele é só uma parte da equação, a busca está distribuída em outros canais também:

  • Google (intenção direta): O que as pessoas querem entender, resolver ou aprender.
  • TikTok (busca por solução imediata): Tutorial, review, demonstração.
  • X (velocidade e atualização): Onde o assunto rompe primeiro.

Quando você cruza essas plataformas, consegue ler o comportamento do seu público antes dele chegar até você. Essa é a diferença entre produzir conteúdo e fazer comunicação estratégica.

Tá, mas o que tudo isso diz sobre comportamento?

O Brasil de 2024 e 2025 buscou: pertencimento, explicação, segurança, escapismo e orientação. E isso é exatamente o que as pessoas esperam de quem cria conteúdo hoje.

Antecipar é importante, contextualizar é essencial e educar é responsabilidade.

Seu conteúdo impacta não só porque está alinhado com o que está acontecendo, mas porque você sabe filtrar o que importa, e o que você realmente pode falar com profundidade.

“As buscas não mostram tudo, mas mostram muito. E para quem cria conteúdo, entender o que o país procura não é surfar o assunto do dia e, sim, comunicar com consciência.”

Fonte: Google Trends

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