Como criar Pilares de Conteúdo estratégicos (passo a passo)

Você já sentiu que está sempre criando conteúdo, mas nada parece se conectar? Ou que está postando um pouco de tudo e, ao mesmo tempo, nada representa de fato sua marca?

A resposta pode estar na falta de Pilares de Conteúdo. Ter pilares bem definidos não é uma regra estética. É uma estratégia de comunicação bem definida. Eles organizam sua mensagem, facilitam a criação e (o mais importante) ajudam você a atrair as pessoas certas.

Neste guia, vou te mostrar como construir os seus pilares com clareza, leveza e propósito. E pra facilitar, trago dois exemplos práticos que podem ser adaptados a qualquer nicho.

Vamos do início? Primeiro: o que são Pilares de Conteúdo?

Pilares são os temas principais que sustentam sua comunicação de forma estratégica e coerente. Pense neles como colunas de sustentação: tudo o que você posta deve estar apoiado em um desses temas, para que sua mensagem seja clara, constante e reconhecível.

Eles ajudam a:

  • Manter consistência (sem perder liberdade criativa);
  • Evitar o famoso “não sei o que postar”;
  • Construir autoridade sobre assuntos-chave;
  • Se tornar referência naquilo que você realmente domina.

Ah, é importante você entender também: o que não são Pilares de Conteúdo!

Muita gente confunde pilares com formatos. Mas pilar não é “reels”, “foto do dia” ou “depoimento de cliente”. Esses são formatos ou categorias de conteúdo. Pilares são os temas centrais da sua comunicação, que você pode desdobrar em diferentes formatos, como: texto, vídeo, imagem, etc.

O erro mais comum: copiar “sem querer”

É comum ver por aí listas genéricas (e isso não é errado, mas nem sempre é a melhor estratégia) como:

  • Bastidores
  • Prova social
  • Produto/serviço
  • Conteúdo educativo

Mas se você copia essa estrutura sem pensar por que está falando desses temas, sua comunicação perde força. Você vira mais um na multidão, e não uma marca com posicionamento claro.

Agora, bora entender como construir seus Pilares de Conteúdo…

1. Volte à essência da sua marca

Antes de qualquer planejamento, responda:

  • Qual transformação você oferece? (Exemplo: Ajudo mulheres a recuperarem a autoestima através da beleza.)
  • Qual é o propósito do que você faz? (Exemplo: Quero mostrar que é possível criar conteúdo com estratégia sem perder a leveza.)
  • O que você acredita? (Exemplo: Acredito que autenticidade é mais importante do que perfeição.)
  • Que sentimentos você quer despertar em quem te acompanha? (Exemplo: Quero que as pessoas se sintam acolhidas, inspiradas e com vontade de colocar suas ideias em prática.)

Essas respostas serão a raiz dos seus pilares. Eles não nascem de tendências. Nascem da essência/objetivo da sua marca.

2. Liste os temas que você já fala (ou quer falar) com frequência

  • Que tipo de conteúdo você ama produzir?
  • Que assuntos as pessoas mais engajam quando você posta?
  • Quais temas reforçam o seu posicionamento?

Organize essas ideias em blocos temáticos, sem se preocupar ainda com nomes prontos.

3. Conecte com a jornada do seu público

Seu conteúdo precisa fazer sentido pra quem te acompanha:

  • O que sua audiência deseja aprender ou sentir?
  • Que dúvidas ela costuma ter sobre seu nicho?
  • Que tipo de conteúdo atrai, ensina ou cria conexão?

4. Dê nomes aos seus pilares

Agora que você já agrupou os temas principais, é hora de nomear seus pilares de forma clara e estratégica.

Eles podem ser descritivos como “Cuidados com a pele” ou mais conceituais como “Pele real, vida real”. O importante é que o nome reflita a o objetivo e o estilo do seu conteúdo, e funcione como um norte para manter sua comunicação coerente.

Dica: pense em como você gostaria que as pessoas definissem seu conteúdo para alguém. Esses nomes devem ajudar nesse reconhecimento.

5. Valide na prática

Depois de definir seus pilares, é hora de levar para o campo de testes (tudo dentro do marketing é teste, você precisa entender isso sempre que definir uma estratégia nova, ajustes, etc).

  • Produza conteúdos com base neles durante algumas semanas (geralmente, o ideal são 3 meses de testes);
  • Experimente diferentes formatos: texto, vídeo, bastidor, tutorial, reflexão;
  • Observe o que engaja mais, o que flui melhor pra você e o que traz mais retorno (conexão, conversa, vendas, seguidores).

Lembre-se: pilares são estruturais, mas também são vivos. Eles vão evoluir conforme você amadurece sua comunicação e entende melhor seu público. Não tenha medo de ajustar. Ter clareza não é ter rigidez, é ter direção.

Agora, vamos para os exemplos práticos?

Exemplo 1: Nail Designer
  • Laura é uma nail designer que quer fortalecer sua presença digital com mais estratégia.
  • Essência: valoriza a autoestima e o autocuidado através das unhas.
  • Temas frequentes: antes e depois, cuidados, bastidores, inspirações, escuta ativa.
  • Público: mulheres que valorizam naturalidade, bem-estar e prática.

Pilares definidos:

  1. Estética que valoriza: mostra resultados reais, com fotos e vídeos de unhas que combinam com o estilo e formato de mão da cliente, valorizando a beleza natural de cada uma.
  2. Unhas que duram: ensina hábitos e cuidados para manter a esmaltação e os alongamentos bonitos por mais tempo, reforçando autoridade.
  3. Do lado de cá da mesa: bastidores da rotina no estúdio, montagem da mesa, organização, música, clima leve e profissional que faz parte da experiência.
  4. Conversa de cliente pra cliente: falas, histórias e reflexões sobre autoestima, rotina, dilemas femininos, criando conexão emocional com o público.
  5. Descomplicando o tecnicismo: explicações simples sobre os métodos que ela utiliza e por que escolhe certas técnicas, mostrando conhecimento e diferencial profissional.
Exemplo 2: Influenciadora de beleza
  • Rebeca cria conteúdo sobre beleza acessível e real.
  • Essência: inspirar mulheres a se cuidarem sem pressão estética.
  • Temas frequentes: tutoriais leves, resenhas honestas, autoestima, bastidores.
  • Público: mulheres jovens, rotinas corridas, busca por representação e prática.

Pilares definidos:

  1. Beleza que cabe na rotina: tutoriais de maquiagem simples, fáceis e rápidos, que funcionam no dia a dia de quem não tem tempo sobrando.
  2. Testado por mim: resenhas sinceras de produtos acessíveis, com linguagem próxima, reforçando a confiança e a credibilidade da audiência.
  3. Pele real, vida real: conteúdos sobre autocuidado e skincare sem filtros, falando sobre acnes, manchas e o que realmente funciona na vida dela.
  4. Reflexões de espelho: textos ou falas sobre autoestima, insegurança, comparação e autoconhecimento, sempre com tom acolhedor e empático.
  5. Criando com propósito: mostrar os bastidores da produção de conteúdo, abrir os desafios da rotina como criadora e inspirar outras mulheres empreendedoras que também querem criar.

Que tal um pouco de conhecimento extra?

Pilares e estratégia: onde entra o branding e o comportamento do consumidor?

Essa parte é crucial, e quase ninguém fala sobre. Seus pilares não devem ser escolhidos apenas com base no que você quer postar. Eles devem refletir:

  • Sua proposta de valor;
  • O jeito como sua marca quer ser percebida;
  • E principalmente, o comportamento de quem consome o seu conteúdo.

“As pessoas não compram o que você vende. Elas compram o que elas percebem que aquilo representa pra elas.”

Logo, os pilares de conteúdo são a ponte entre o propósito da sua marca e a leitura emocional e racional do seu público. Eles traduzem:

  • O seu posicionamento;
  • As dores e desejos do consumidor;
  • E a jornada que você propõe por meio da sua comunicação.

Mais de 140 mil marcas já utilizam pilares de conteúdo como base mensal de sua estratégia. Isso mostra que ter pilares bem definidos não é um diferencial. É um requisito estratégico.

Pra fechar: pilares não são sobre caixinhas, são sobre direção

Pilares de conteúdo não engessam, eles te libertam. Quando você sabe de onde sua mensagem vem e pra onde ela vai, criar se torna mais leve e coerente. Então, respira fundo. Volta pra sua essência. E constrói seus pilares com consciência, não com pressão.

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