Noronha tem um filtro que não se cria. Só se contempla.

Essa é uma parte 2 (parte 1 aqui) sobre Noronha, um olhar mais sensível que precisei colocar em palavras… Pois, acordar em Fernando de Noronha é como respirar mais fundo sem nem perceber.

Tudo ali parece ter outra frequência: mais leve, mais presente, mais bonito. O tempo desacelera. A gente também.

As manhãs começam com o sol invadindo o quarto pela janela e um café da manhã que já parece poesia. As trilhas, as praias, o céu… Tudo tem uma calma que embala. Um silêncio bom, sabe? Aquele que te escuta de volta.

Fiz pouca coisa, no melhor sentido.

Caminhei, contemplei, senti a água do mar. Assisti ao pôr do sol de lugares diferentes a cada dia. E, mesmo assim, todos pareciam únicos.

As cores mudam, o vento muda, mas a sensação é a mesma: Deus passou por aqui. Noronha tem aquele tipo de beleza que não dá pra reproduzir.

É o tipo de lugar que só existe porque alguém lá em cima decidiu caprichar nos detalhes. E, sinceramente, só quem sabe o filtro dela é Deus.

Voltei com mais do que fotos: voltei com presença. Com paz, com a certeza de que a criação fala. E que, quando a gente para pra ouvir, é impossível não agradecer.

Atenciosamente, Lari.

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